A descoberta de uma gravidez é responsável por gerar um turbilhão de sentimentos, planos e, claro, algumas dúvidas.
Diante de tantas novidades, uma pergunta vem à mente das futuras mães que, como nós da Terra Cruz, são apaixonadas por um bom café: grávida pode tomar café?
Será que é preciso abrir mão do sabor que desperta o corpo, do aroma que chega para ficar e do ritual que conforta? Ao longo deste conteúdo, vamos falar sobre os cuidados, os limites e as possibilidades. Continue conosco e aproveite a leitura!
Pode tomar café enquanto está grávida?
Sim, você pode! Estar grávida não quer dizer que precise abrir mão totalmente do café, mas é importante consumi-lo com cautela.
Dito isso, a resposta para a pergunta “grávida pode tomar café?” está na informação e na moderação. Com escolhas conscientes, é possível continuar apreciando a bebida.
Ao invés de focar na proibição, você precisa renegociar sua relação com o café, priorizando a qualidade sobre a quantidade e aproveitando o máximo de cada gole.
Por que grávida deve ter cuidado antes de tomar café?
Quando você bebe um café, a cafeína rapidamente chega à sua circulação sanguínea. Durante a gravidez, essa substância tem a capacidade de atravessar a barreira da placenta e chegar até o bebê.
A questão central está no metabolismo. Enquanto o corpo do adulto processa a cafeína de forma relativamente rápida, o bebê ainda está em desenvolvimento e não possui órgãos maduros para processá-la de forma eficiente.
Estudos científicos consistentes, validados por organizações de saúde globais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG), apontam que o consumo excessivo de cafeína pode estar associado a riscos, como restrição de crescimento fetal e baixo peso ao nascer.
Qual é a dose de café permitida para grávidas?
Por causa da dúvida se grávida pode tomar café, a comunidade médica estabeleceu um consenso para guiar as gestantes.
A recomendação segura é de até 200 miligramas de cafeína por dia. Mas o que isso significa na prática? Uma xícara de café não é apenas uma xícara de café. Dependendo do grão, da torra e, sobretudo, do método de preparo, a quantidade de cafeína pode variar consideravelmente.
Para que você tenha uma referência mais clara, decidimos trazer algumas estimativas. Um café espresso (30 ml) contém, em média, de 60 a 100 mg de cafeína. Já uma xícara de café coado (150 ml) pode variar entre 80 e 140 mg.
Ter esses valores em mente é de extrema importância para que você possa fazer escolhas conscientes e seguras a partir do fato de que grávida pode tomar café, sem precisar tirar completamente a bebida da sua rotina.
Como o método de preparo do café influencia na cafeína?
Você já sabe que a quantidade de cafeína varia entre um espresso e um café coado, mas o segredo por trás dessa diferença está no tempo de extração.
Pelo fato da cafeína ser solúvel em água, quanto mais tempo a água quente fica em contato com o pó de café, mais cafeína ela “puxa” para a xícara.
Métodos de imersão, onde o pó e a água ficam juntos por vários minutos, como na Prensa Francesa, tendem a resultar em uma bebida com maior teor de cafeína.
Por outro lado, métodos filtrados e mais rápidos, como o V60 ou o coador de pano tradicional, permitem um controle maior. Neles, você pode ajustar a moagem e o fluxo da água para um contato mais breve, extraindo todo o sabor de um café especial com uma dose de cafeína mais controlada.
Onde a cafeína é encontrada?
Quando pensamos em cafeína, a primeira imagem que vem à cabeça é a de uma fumegante xícara de café.
Contudo, vale a pena lembrar que essa substância está presente em diversos outros alimentos e bebidas. Para manter o consumo diário dentro do limite de 200 mg, você precisa se atentar aos rótulos e ingredientes do que consome.
Chás, como o preto, o verde e o mate, contêm quantidades significativas de cafeína. Ainda, refrigerantes de cola, alguns energéticos (que devem ser evitados) e até mesmo o chocolate entram nessa contagem total.
Por exemplo, uma barra de 50g de chocolate amargo pode conter até 50 mg de cafeína. Sendo assim, ao se perguntar “grávida pode tomar café?”, lembre-se de considerar o todo, garantindo que a soma de todas as fontes de cafeína não exceda a recomendação diária.
Quais são as alternativas?
Sabemos que o amor pelo café vai além da cafeína, envolve o ritual, o calor e o momento de pausa.
Por isso, considerando o momento em que está, os chás de ervas e infusões podem ser um convite ao bem-estar.
Camomila, erva-doce, melissa e hortelã são opções seguras e reconfortantes para a gestação, sobretudo, porque podem aquecer seu corpo e acalmar sua mente, preenchendo o espaço do ritual do café com novos aromas e benefícios.
Qual é a importância do diálogo com seu médico?
Precisamos dizer que nenhuma informação substitui a conversa franca e aberta com seu médico obstetra ou nutricionista.
Grávida pode tomar café, mas, como cada gestação é única, apenas o profissional que acompanha sua saúde pode oferecer a orientação mais segura e personalizada para você.
Por esse motivo, recomendamos que você fale com seu médico, explique sobre sua paixão pelo café e tire suas principais dúvidas.
Os cuidados com o café continuam na amamentação?
Sim, os cuidados devem continuar após o nascimento do bebê. A cafeína ingerida pela mãe pode chegar ao leite materno e, como acontece na gestação, o organismo do recém-nascido ainda não tem maturidade para processá-la com rapidez.
Entretanto, a recomendação para lactantes costuma ser um pouco mais flexível, geralmente ficando em torno de 300 mg diários, o que equivale a cerca de duas xícaras de café.
O mais importante nessa fase é a observação. Depois de tomar seu café, observe se seu filho fica mais irritado, agitado ou com o sono picado. Se notar alguma alteração, talvez seja interessante reduzir o consumo ou tomar o café logo após a mamada, dando um intervalo maior até a próxima.
Agora que você já sabe que grávida pode tomar café, o que acha de conhecer os cafés especiais da Terra Cruz? Explore os nossos perfis sensoriais!
